Sumi né? Mas é por conta da mudança recente em parte da minha rotina.
Estou tentando obter a minha CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e passando pelo desgastante processo de 12 dias de CFC. Por sorte tenho um instrutor que administra o tempo, incluindo vídeos que são impactantes. Fiquei indignada com os casos de acidentes ocorridos no Brasil e saber que as tragédias no trânsito, são cometidas por atitudes e distrações banais, que esse tipo de preocupação é TOTALMENTE desconsiderada pelas pessoas, pois poucos analisam suas atitudes e possíveis conseqüências.
Sei que o assunto é maçante, mas para mim, se duas ou três pessoas repensar no cuidado que deve ter com a sua própria vida e com a do próximo, seja ele o seu filho/a ou um desconhecido... já terá valido a pena escrever este texto.
De acordo com estatísticas do Hospital Sarah, mais do que mortos, os acidentes de trânsito vem formando um EXÉRCITO DE INCAPACITADOS FÍSICOS. Na última década, foram cerca de 3 milhões de brasileiros feridos, desses 1 MILHÃO são incapacitados físicos. Por mais que tenhamos “noção” do que pode ocorrer, não existe uma política de consciência, quando se trata do que eles chamam de “vítimas não-fatais”. São pessoas que como eu (e provavelmente você), tinha uma vida perfeita, com as preocupações “normais” do dia-a-dia.
Assisti ao depoimento de uma ex-apresentadora de telejornal que hoje é uma incapacitada física, podendo mexer somente a boca e os olhos, que segue sua vida do melhor modo que pode (até tornou-se artista plástica). Ela tem três filhos e tudo o que mais queria na vida era poder dar UM ABRAÇO nos filhos. Você consegue imaginar a possibilidade de UM ABRAÇO no seu filho tornar-se a coisa mais desejável para você em toda sua vida? E sabe qual foi a causa do acidente dela? Descuido e desatenção ao preocupar-se mais com o objeto que havia caído do banco do passageiro ao lado, do que com a direção e assim causar o acidente que mudou sua vida.
As ocorrências por excesso de bebida e imprudência dos jovens ainda são os campeões, mas também existem muitos casos conseqüentes de distrações “bobas”, como por exemplo, colisão enquanto o condutor olha p/ trás ou para o lado, ou como o da mulher do depoimento que pelo “reflexo” de preocupar-se com o objeto que caiu, acidentou-se, ... sem contar o número de crianças que são arremessadas dos carros por não estarem com o cinto de segurança, etc e etc.
Não quero soar como “a dramática” e não vou desistir da minha carta por conta disso ... tão pouco valorizar o sistema usado para a aquisição da CNH, onde aparentemente a preocupação é com a burocracia e coleta de digitais (sem contar as ridículas aulas de Primeiros Socorros que se resume em blá-blá-blá, não encoste um dedo no acidentado), mas assim como eu fiz o CFC e adquiri algumas informações importantes, sei que VÁRIAS outras pessoas jamais passaram por este processo e por isso não tem o conhecimento de como “pequenos detalhes” enquanto se está ao volante, podem resultar em grandes tragédias.
Não subestime sua atenção ao volante.
Seja um motorista consciente!
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